O casamento de Carolina

Até que em Julho de 1987, mais propriamente no dia 26. E não sabendo como sentiu dentro dela algo que não estava bem e passou o dia do seu casamento a chorar e triste, que todos os convidados famílias e Amigos/as, lhe perguntavam o que ela tinha, e muito sinceramente ela não sabia responder, só dizia que havia algo que não estava bem mas não sabia o que era, mas o tempo encarregou-se disso e de a ajudar a juntar as peças do puzzle, que vinha já a começar a haver as tais peças para a constituição do mesmo. O dia acabou apesar da sua angústia e tristeza o dia correu bem, com imenso calor, e lembra-se perfeitamente que os termómetros nesse dia chegaram aos 43.º graus, uma alta temperatura, para quem estava com um vestido de noiva, mas enfim o dia foi correndo até que chegou ao fim e os convidados foram embora e os “ Noivos e Recém Casados “ foram descansar, como já dizia anteriormente que vinha de uma família pobre, e assim continuou e continua, a ter esse estatuto, embora o seu Noivo e a partir de então seu marido, ganhasse um, pouco mais do que ela, mas apesar disso não foram para lado nenhum em especial, e como tinha sido o seu casamento, estavam cansados, depois de um dia bem exaustivo, dirigiram-se para a casa que ele coabitava com o irmão, mas que já tinha saído um ano, quando se tinha casado.
No dia a seguir ao casamento e porque a sua mãe insistiu foram almoçar com os seus pais, até compreendeu era filha única e tinha acabado de casar a sua única filha e lá foram. Mas naquela semana acabou por ser uma rotina, iam sempre lá almoçar, mas tudo bem. Os dias passaram e entretanto ela quis que o seu marido, conhecesse melhor a sua família e combinaram uma ida de manhã á praia com os seus primos e á tarde um cinema, que era para ele o seu marido ir conhecendo a sua família a pouco e pouco. Os dias passavam e até que um belo dia na primeira semana de casada, num dos almoços com os seus pais teve uma conversa com a sua mãe em que lhe contou o que se estava a passar e perguntou-lhe se era normal, e ela a sua Mãe, no maior espanto disse que sim e que passava, pare ela dar tempo ao tempo, e que o tempo foi dando, mas que em nada ajudou, e assim passou um mês e quinze dias que eram os dias do casamento e as férias que se seguiram, e que ela viu que não podia contar com a sua Mãe. Eu já nem queria saber de férias nem nada queria isso sim era recomeçar a trabalhar o quanto antes. Já contava os dias que faltavam para começar a trabalhar, até que esse dia chegou e ela sentiu um alívio tão grande que mal podia imaginar, na ansiedade que estava para começar, pois a sua ansiedade era sim mas poder desabafar com alguém, mas como é que eu iria fazer isso? Apesar do pouco que ela sabia e da sua imaturidade neste espaço de tempo fez tudo o que se pode fazer normalmente, para ver se conseguia ter resultados mas não obteve nem um. Sem que as pessoas se apercebessem que era ela que estava a passar tal situação? Foi então que teve a brilhante ideia de contar tudo á sua Amiga Edite, mas numa outra pessoa para que não desconfiasse de nada, e encheu-se de coragem e começou a desabafar, quando terminou ela pura e simplesmente lhe disse, Carolina o marido dessa tua Amiga só tem três hipóteses, ou é doente, ou não gosta ou ainda pior….. Percebes?... E naquele preciso momento foi como quem lhe deu um facada de alto a baixo, andou três ou quatro noites que não dormia nada, a pensar como haveria de resolver esse assunto, novamente se encheu de coragem e a sua mãe já tinha decidido ir para a terra e estar com o seu pai, e no jantar ela encarou o seu marido e perguntou-lhe o que se passava com ele, pois achava que ele não era um homem normal, e tinha todo o direito em saber, e ele respondeu: nada, e ela novamente disse quem nada não se afoga, e disse-lhe que ia marcar uma consulta para ele e que queria assistir. Ele ficou branco como a cal da parede, e ela no dia a seguir marcou logo a consulta, e depois de várias discussões que tiveram, e porque se calhar não a queria perder, contrariado foi á consulta, só que a Carolina não entrou no consultório que ele não a deixou, mas saiu de lá com uma receita de umas injecções que ele disse que eram muito fortes para tomar, e de dois exames para fazer, e ela disse que poderia não entrar mas que iria com ele tomar todas as injecções e fazer os exames, e ele viu que não tinha mesmo saída. Passou-se um mês nestas andanças, e com muito esforço conseguiu o que era para ter sido feito á muito tempo, e que não teve a ajuda, nem o apoio da sua Mãe. A partir deste episódio as poucas vezes que surgiram esse momentos, ela ficou com a nítida sensação, de que não era consigo, que os queria ter, mas o tempo passou e ela engravidou do seu filho mais velho, que veio a nascer a 23 de Setembro de 1988…..

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