O Meu Casamento

O meu casamento foi realizado a 27 de Julho de 1987, na Igreja de Santo Agostinho de Marvila na freguesia com o mesmo nome, no Concelho e distrito de Lisboa. A cerimónia decorreu normalmente, com a celebração da Santa Missa, mas eu nesse dia não sei porque razão, passei o dia a chorar, quando a maior parte das pessoas que eu conheço, e não só, passam o melhor dia das suas vidas, eu sendo filha única e por ser muito apegada ás pessoas, é óbvio, que no fundo sofro muito com isso, e talvez a razão de eu passar o dia a chorar, iria entrar numa nova vida, cheia de responsabilidades, e talvez por isso as lágrimas que chorei, seriam de alguma forma, o pressentimento, de que eu não iria ser Feliz.
E o que é certo é que foi bem verdade, começando no próprio dia do meu casamento, como eu nunca tinha namorado ninguém antes do Pai dos meus Filhos, (agora), não tinha o verdadeiro conhecimento em relação ao relacionamento amoroso entre um homem e uma mulher, mas o dia passou convivi com Amigos e Familiares presentes no meu casamento, apesar da tristeza que sentia.
Os dias foram passando, e eu andava com uma angústia dentro de mim, algo não estava bem, e eu teria que resolver, foi então que desabafei com uma pessoa Amiga, e fiquei esclarecida com algumas dúvidas, que me andavam a atormentar há muito, passado esta angústia e muito sofrimento, que eu tive com o Pai dos meus filhos, passado esta tormenta eu comecei por me afeiçoar ao feitio dele, concordava e aceitava as opiniões dele, ou seja vivia em função da maneira de ele ser, mesmo depois e continuando bem depois do nascimento dos meus filhos, os anos foram passando ia-me sempre acomodando, mesmo até quando tivemos um grave problema no nosso casamento, com uma pessoa de Família, e que eu sempre apoiei o Pai dos meus Filhos, mesmo nas vias Jurídicas, sempre estive do lado dele, sempre o apoiei, incondicionalmente, E tudo isto porquê, porque comecei a gostar dele como ele era, e ele nunca me aceitou como eu era, uma pessoa bem disposta, com sentido de humor, que hoje com as amarguras da vida, quase já não tenho sentido de humor, eu estava sempre ali para o que desse e viesse, mesmo depois de ter feito do Pai dos meus Filhos, um homenzinho, mas o sofrimento ia-se acumulando, dia após dia, mês após mês, ano após ano, e assim sucessivamente, o sofrimento ia acontecendo motivo a motivo, discórdia por discórdia, discussão por discussão, e assim ia vivendo num casamento de amargura, de tristeza, ultimamente de bastante solidão, de injúrias, desconfianças, difamações, por parte do Pai dos meus filhos, e isto tudo se deveu ao facto de ele nunca me ouvir e ouvir a terceiros, nunca aceitar a minha opinião e aceitar a opinião de terceiros, que mais parecia que estava casado com terceiros e não comigo, até que fui perdendo a confiança, e a paciência, e a vontade de estar ao lado de uma pessoa, que sempre me, menosprezou e espezinhou.
Passados 20 anos de casamento, tive a coragem de por um basta no fim de uma relação, que não tinha pernas para andar, mas ainda dando mais uma oportunidade, como sempre fiz que foi estarmos um ano separados, a viver em casas separadas, para ver se ele pensava reflectia, acordava para a realidade, e se modificava um pouquinho que fosse, para tentar dar mais uma hipótese ao nosso Casamento, que tal não aconteceu, e como tal partimos para o que era óbvio, há já muitíssimo tempo. O Divórcio que vai ser uma outra batalha que eu terei que vencer, embora eu me encontre sozinha a lutar contra a Maré, pois que por vezes há pessoas que ainda têm os seus País do seu lado, mas não é o meu caso. E por isso eu digo que me encontro a viver um dia de cada vez e “ Á Espera do dia Seguinte “

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